Pôr-do-sol na cerca da fazenda. De cima do morro, de um lado fazenda de cavalo, um cavalo, talvez três, uma porção de mato; do outro lado fazenda de gente, muita gente, uma porção de concreto. Com o olho nu, em cima das casas, dá pra ver vênus e a lua enquanto o horizonte tampa o sol, depois júpiter. Muito longe, enorme. Mas a gente prefere continuar olhando pro chão, acende a luz do poste. Marte em cima do cavalo. O cavalo come, fode e dorme. A gente come - carne de cavalo até -, trabalha, reza, briga, bebe, compra, fode e dorme. Eu sou mais o cavalo. Fumacê. Tão passando inseticida na fazenda de gente. Tem que matar a praga pra não estragar a produção em larga escala.
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