O tempo é uma grande ilusão. É superestimado por nossas convenções, que não chegam perto da grande realidade desconfortável e intragável de que somos conduzidos como indivíduos e corpos infinitamente separados por intervalos imperceptíveis, mas existentes, que nada significam em nossas rotinas inúteis, ou melhor, que nossas rotinas inúteis de nada alteram o grande surreal de que tudo o que vimos ou sentimos é nada mais que um passado recente. O presente é uma ilusão, o futuro nunca vai existir. O que vai se perpetuar para sempre é um passado imediato, por mais perto que esteja de nós, tudo é passado. O amanhã é um passado. A palavra que você lê agora é o passado. Você não está lendo esse texto agora, você o leu há um tempo. Tudo está limitado a ações do que já foi. Por mais recente que tenha sido o que foi. Nada que sente terá consciência real do futuro ou do presente, apenas uma especulação baseada no passado que se acumula eternamente em instantes anteriores ao pensamento.
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