Ela era esplêndida, divina, maravilhosa, era a beleza, o espetáculo.
A outra chegara ali e se excitou, se tocou, envolvida com o mistério da primeira, tão instigante, tão linda. Se concentrou em cada detalhe, em cada curva dela, assistiu cada movimento, toda a sutileza. Se perdeu em seu comportamento sensual e labiríntico. Até que muito passou, que a outra só a envolvia-a mais e mais, num caminho sem volta, num desejo mútuo de se expandir, que percebeu que jamais conseguiria gozar olhando-a apenas, foi quando teve consciência que ela a estava convidando, se insinuando. E foi nesse tempo que a ciência deixou de se masturbar e finalmente fez sexo com a natureza, numa transa apaixonada e intensa.
Esse é só um dos sonhos eróticos da natureza em sua consciência universal, nós somos todos os outros.
Nenhum comentário:
Postar um comentário