IV
eu quero a sombra viva do verde ao invés do amianto, do concreto. eu quero o escuro da noite, o calor do dia. eu quero o verde vivo que dá sombra, que destrói o concreto. ao invés do calor do amianto que faz da minha noite um dia escuro
III
Palavra não chega perto do sentimento. Pensar em palavras é uma maldição do humano. Existe infinito dentro de todo mundo, mas palavra nenhuma chega lá, no primitivo, no real.
Pensar em outras línguas te ajuda a perceber isso. Se em cada lugar do mundo um monte de som completamente diferentes foram ganhando significados iguais, a língua não é maior que uma coleção de fonemas. A escrita tenta transcender isso, e a própria língua tenta associar algum som com o abstrato. Amor, angústia, tesão. Eu não acredito na língua, ela me expande para o outro, mas diminui a mim mesmo. Eu acredito no ato e no olho. Tentemos pensar fora das palavras, em realidades maiores, menos lógicas, e chegamos mais perto de momentos legítimos, profundos.
As melhores e mais intensas sensações, sentimentos, situações, experiências que já me ocorreram se enraízam em mim numa relação de lembrança daquelas em que 'não há palavras para descrever'.
Pensar em outras línguas te ajuda a perceber isso. Se em cada lugar do mundo um monte de som completamente diferentes foram ganhando significados iguais, a língua não é maior que uma coleção de fonemas. A escrita tenta transcender isso, e a própria língua tenta associar algum som com o abstrato. Amor, angústia, tesão. Eu não acredito na língua, ela me expande para o outro, mas diminui a mim mesmo. Eu acredito no ato e no olho. Tentemos pensar fora das palavras, em realidades maiores, menos lógicas, e chegamos mais perto de momentos legítimos, profundos.
As melhores e mais intensas sensações, sentimentos, situações, experiências que já me ocorreram se enraízam em mim numa relação de lembrança daquelas em que 'não há palavras para descrever'.
Assinar:
Postagens (Atom)